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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Materia Segundo Ano Terceiro Bimestre

Concepções de Estado e Poder Político
De Autoria do Professor Elias Meira

Papel do Estado no exercício de cidadania
As condições mínimas para as pessoas conseguirem uma qualidade de vida aceitável dentro dos parâmetros de cidadania vão além da manutenção da vida orgânica, dada pela satisfação das necessidades alimentares e nutricionais elementares, estando também intimamente ligadas à obtenção de renda e de educação com qualidade, pois sem esses princípios, a inserção na sociedade e no mundo do trabalho, torna-se precária.
A falta de participação política torna os indivíduos submissos a uma dimensão do destino enquanto condição que não dá para mudar, que despolitiza as relações sociais e remete a solução dos problemas a uma esfera que não é possível se vencer, sobre a qual os indivíduos perdem a capacidade de controle, situando-se fora do domínio da história. Tanto a aceitação do destino como fatalidade como o não acesso, pela falta de renda, aos bens materiais e simbólicos que a sociedade pode oferecer, são formas expressivas de manifestação da exclusão social.
Ao Estado Moderno é atribuída uma função redistributiva, pois ele deve assegurar as políticas globais e articuladas como moderadoras das desigualdades sociais e econômicas e de responder ao aumento das demandas no contexto de uma maior divisão do trabalho e expansão do mercado, na sociedade de massas. A educação é, portanto, dever do Estado e direito do cidadão, pois sendo concebida como valor social, reflete-se como instrumento da sociedade para efetivar o processo de formação e construção da cidadania.
Assim, temos no Brasil, uma política social paralela à ação estatal, por vezes contra ou independente dela, temos uma população passiva que não possui vigilância cívica e nem conquista histórica para isto; temos uma política social que diz querer acabar com a miséria, sem a participação dos miseráveis; a sociedade civil age timidamente perante um Estado prepotente e burocrático. Em suma não temos uma cidadania efetiva capaz de controlar as ações do Estado.
O Estado até pode desenvolver políticas sociais de valor popular, reformista e avançado, mas no fundo ele não trabalha para o popular, no sentido de redistribuir renda e poder, é apenas mais uma forma tecnocrática de ação, ou seja, de políticas compensatórias.
Os investimentos sociais do Estado brasileiro possuem características de exclusão, pois, as políticas sociais representam medidas compensatórias que remediam a situação da população. Os interesses econômicos prevalecem sobre os interesses sociais, não tendo, as políticas públicas, destaque na agenda governamental, configurando, assim, um crescente agravamento das condições gerais da população. Um exemplo são as políticas públicas de educação, saúde e habitação, onde as propostas criadas não mexem no cerne das questões. Os projetos sociais relacionados àquelas políticas públicas, não envolvem a construção de uma cidadania efetiva e o desenvolvimento do processo emancipatório e de autonomia do indivíduo, eles são "paliativo" e de caráter imediato.
O Estado assume uma posição hegemônica no contexto das políticas sociais, diante dos setores excluídos tornando visíveis as suas contradições, pois, o confronto entre iguais e desiguais se dá na arena pública e civil. O processo de cidadania é obstaculizado por políticas sociais assistencialistas, que planejam reduzir as desigualdades, porém, na prática elas não chegam a se efetivar.
 
O que é Estado e quais os tipos de Estado?
Estado é uma instituição organizada politicamente, socialmente e juridicamente, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território". O Estado é responsável pela organização e pelo controle social, pois detém, segundo Max Weber, o monopólio legítimo do uso da força.

Tipos de Estado:

O Estado Ditatorial é a preponderância de um grupo armado que impõe força sobre a sociedade. Os valores do grupo nem sempre refletem os da sociedade. Os indivíduos da sociedade são levados a concordarem com as idéias dominantes. Os grupos marginalizados são perseguidos quando manifestam suas idéias contrárias ao poder dominante. Há tendência num Estado ditatorial de preservar o poder dentro do grupo, restringir liberdade, restringir as formas de pensamento dos administrados, isolacionismo em relação à influência de outros Estados e a limitar a carta magma, quando existente, num conjunto de regras que atenda apenas a elite que apóia a forma de governo.
O Estado Democrático é o pluralismo de idéias. Os grupos mais organizados da sociedade de maior dimensão levam vantagens na distribuição da estrutura de poder. São criados critérios para que os indivíduos de uma sociedade possam estar aptos a escolher administradores que melhor representem os desejos de uma sociedade. Em populações onde o grau de escolaridade é baixo, existe uma tendência dos administrados a seguir pelo carisma fisionômico dos candidatos no processo de escolha dos representantes do povo. Na democracia a força está na vontade da maioria que legitima um grupo a representar a sociedade por um espaço definido de tempo.

Modelo de Estados Modernos e de Economia Contemporânea
Estado Liberal

Significa dizer que cada um faça a sua parte e que o mercado em seu conjunto faz o seu, sem prejudicar a quem quer que seja, é como se fosse uma mão invisível atuando para que tudo se ajuste, ou se acomode de forma natural.
O Estado liberal espera que as coisas se modifiquem sem uma intervenção individual, ou de grupo, e ao mesmo tempo se ajustem de tal forma que as coisas se relacionem de forma natural, sem que o Estado tenha a sua intromissão direta no processo de produção, como também no consumo, visto que as liberdades individuais devem ser respeitadas para que tudo se acomode de forma comum e simples.
No Estado onde o governo influencia cada vez menos na economia.
Neoliberalismo
Introdução 
Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do Estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio, livre mercado, pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo.
Características do Neoliberalismo, princípios básicos:
·    Mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
·    Pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
·    Política de privatização de empresas estatais;
·    Livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
·    Abertura da economia para a entrada de multinacionais;
·    Adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
·    Desburocratização do Estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
·    Diminuição do tamanho do Estado, tornando-o mais eficiente;
·    Posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
·    Aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;
·    Contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do Estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
·    A base da economia deve ser formada por empresas privadas;
·    Defesa dos princípios econômicos do capitalismo.
Críticas ao neoliberalismo
Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causados pelo neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.
Pontos positivos
Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem.

Estado de Bem-Estar Social
Estado de bem-estar social é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com a nação em questão. Cabe ao Estado do bem-estar social garantir serviços públicos e proteção à população.
Esta forma de organização político-social, que se originou da Grande Depressão, se desenvolveu ainda mais com a ampliação do conceito de cidadania, com o fim dos governos totalitários da Europa Ocidental, nazismo, fascismo etc. com a hegemonia dos governos sociais-democratas e, secundariamente, das correntes euro-comunistas, com base na concepção de que existem direitos sociais indissociáveis à existência de qualquer cidadão.
Pelos princípios do Estado de bem-estar social, todo o indivíduo teria o direito, desde seu nascimento até sua morte, a um conjunto de bens e serviços que deveriam ter seu fornecimento garantido seja diretamente através do Estado ou indiretamente, mediante seu poder de regulamentação sobre a sociedade civil. Esses direitos incluiriam a educação em todos os níveis, a assistência médica gratuita, o auxílio ao desempregado, a garantia de uma renda mínima, recursos adicionais para a criação dos filhos etc.

Questões para Estudo Dirigido:
1)    Destaque a descubra o significado das palavras que você não conhece. (em casa)
2)    Quais as conseqüências apontadas pelo autor para a ausência de participação política?
3)    Qual a função do Estado Moderno para o autor do texto?
4)    Quais os principais defeitos das ações do Estado Brasileiro para o autor do texto?
5)    Qual o conceito e os dois tipos de Estado segundo o autor do texto? Exemplifique.
6)    Quais as características no Neoliberalismo?
7)    Quais podem ser os pontos positivos e negativos do Neoliberalismo?
8)    Qual é o papel do Estado na política do Estado de Bem Estar Social (EBES)?
9)    Qual a origem do EBES?
10)    Quais os direitos do Cidadão no EBES?

Matéria Primeiro Ano Terceiro-Quarto Bimestres

Comunidade, Sociedades e Controle Social
Matéria: Primeiro Ano - Terceiro e Quarto Bimestres

De Autoria do Professor Elias Meira

As comunidades geralmente são grupos formados por familiares, amigos e vizinhos que possuem um elevado grau de proximidade uns com os outros. Na sociedade esse contato não existe, prevalecendo os acordos racionais de interesses. Uma diferenciação clara entre comunidade e sociedade é quando uma pessoa negocia a venda de uma casa, por exemplo, com um familiar (comunidade) e com um desconhecido (sociedade). Logicamente, as relações irão ser bastante distintas entre os dois negócios: no negócio com um familiar irão prevalecer as relações emotivas e de exclusividade; enquanto que na negociação com um desconhecido, o que irá valer é o uso da razão.

Nas comunidades, as normas de convivência e de conduta de seus membros estão interligadas à tradição, religião, consenso e respeito mútuo. Na sociedade, é totalmente diferente. Não há o estabelecimento de relações pessoais e na maioria das vezes, não há tamanha preocupação com o outro indivíduo, fato que marca a comunidade. Por isso, é fundamental haver um aparato de leis e normas para regular a conduta dos indivíduos que vivem em sociedade.

Instituição: Instituições são organizações ou mecanismos sociais que controlam o funcionamento da sociedade e dos indivíduos. São produtos do interesse social que refletem as experiências acumuladas do processo de construção e manutenção da sociedade. Organizadas sob a forma de regras e normas, visam à ordenação das interações entre os indivíduos e entre estes e suas respectivas formas organizacionais.

Em essência, as instituições são responsáveis pela organização das interações sociais, analisando sua evolução e desenvolvendo métodos que as associem a um ambiente favorável à alocação racional de recursos que aperfeiçoem vivência social.

Exemplos de instituições:

•            As instituições políticas: São os órgãos e os partidos políticos, bem como demais organizações sociais que visam a luta por direitos e demais conquistas de setores das sociedades;

•            As instituições religiosas Os locais de culto possuem nomes de acordo com a religião, podendo ser chamadas de igrejas, templos, sinagogas, mesquitas, centros, terreiros ou outras denominações,

•            As instituições educacionais são as escolas, universidades, rodas de histórias, etc.;

•            As instituições científicas;

•            Certos mecanismos sem uma base física são igualmente considerados instituições, como o casamento, a pressão social, a linguagem etc.;

As instituições abordadas nesse texto serão a Família, a Escola, a Religião e o Estado.

 

Família: É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou presumida) a partir de um ancestral comum, matrimônio ou adoção que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco. Membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos. A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações.

No interior da família, os indivíduos podem constituir subsistemas, podendo estes ser formados pela geração, sexo, interesse e/ou função, havendo diferentes níveis de poder, e onde os comportamentos de um membro afetam e influenciam os outros membros. A família como unidade social, enfrenta uma série de tarefas de desenvolvimento, diferindo no nível dos parâmetros culturais, mas possuindo as mesmas raízes universais.

Tipos de Famílias

A estrutura familiar compõe-se de um conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente reconhecidas, e com uma interação regular e recorrente também ela, socialmente aprovada. A família pode então, assumir uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste num homem, numa mulher e nos seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário.

Existem também famílias com uma estrutura de pais únicos ou monoparental, tratando-se de uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a fenômenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou adoção de crianças por uma só pessoa.

A família ampliada ou extensa é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos.

Para além destas estruturas, existem também as denominadas de famílias alternativas, sendo elas as famílias comunitárias e as famílias homossexuais.

As famílias comunitárias, ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total responsabilidade pela criação e educação das crianças se cinge aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de todos os membros adultos.

Nas famílias homossexuais existe uma ligação conjugal ou marital entre duas pessoas do mesmo sexo, que podem incluir crianças adotadas ou filhos biológicos de um ou ambos os parceiros.

Papéis familiares: considerado como característicos são os seguintes: a “socialização da criança”, relacionado com as atividades contribuintes para o desenvolvimento das capacidades mentais e sociais da criança; os “cuidados às crianças”, tanto físicos como emocionais, perspectivando o seu desenvolvimento saudável; o “papel de suporte familiar”, que inclui a produção e/ou obtenção de bens e serviços necessários à família. Relativamente aos papéis dos irmãos, estes são promotores e receptores, em simultâneo, do processo de socialização na família, ajudando a estabelecer e manter as normas, promovendo o desenvolvimento da cultura familiar.

Funções de família

Como os papéis, as funções estão igualmente subentendidas nas famílias, como já foi referido. As famílias como agregações sociais, ao longo dos tempos, assumem ou renunciam funções de proteção e socialização dos seus membros, como resposta às necessidades da sociedade pertencente. Nesta perspectiva, as funções da família regem-se por dois objetivos, sendo um de nível interno, como a proteção psicossocial dos membros, e o outro de nível externo, como a acomodação a uma cultura e sua transmissão. “A família, como uma unidade, desenvolve um sistema de valores, crenças e atitudes face à saúde e doença que são expressas e demonstradas através dos comportamentos de saúde-doença dos seus membros.

A família tem como função primordial a de proteção, tendo sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos, podendo formar uma barreira defensiva contra agressões externas.

Relativamente à criança, a necessidade mais básica da mesma, remete-se para a figura materna, que a alimenta, protege e ensina, assim como cria um apego individual seguro, contribuindo para um bom desenvolvimento da família e conseqüentemente para um bom desenvolvimento da criança. A família é então, para a criança, um grupo significativo de pessoas, de apoio, como os pais, os pais adotivos, os tutores, os irmãos, entre outros. Assim, a criança assume um lugar relevante na unidade familiar, onde se sente segura. No nível do processo de socialização a família assume, igualmente, um papel muito importante, já que é ela que modela e programa o comportamento e o sentido de identidade da criança. Ao crescerem juntas, família e criança, promovem a acomodação da família às necessidades da criança, delimitando áreas de autonomia, que a criança vivencia como separação.

 

Conceito de Escola

Instituição que se propõe a contribuir para a formação do educando como pessoa e como membro da sociedade, mediante a criação de condições e de oportunidades de ampliação e de sistematização de conhecimentos. O termo Escola é considerado genérico e abrange conceitualmente a escola como instituição social, sua função e sua estrutura dentro da sociedade politicamente organizada e administrada. O termo Escola vem do grego schole, que significa descanso, ou o que se faz na hora do descanso, pois na Grécia Antiga a escola era para os que não precisavam trabalhar".

A Escola é um dos fundamentos da reprodução da Sociedade, ela alcançou uma materialidade inédita no Ocidente, o que não é tão comum na história da civilização, mesmo que não exista a um local e tempo “escolar” em alguma sociedade ou comunidade, é necessário que em algum momento da vida se instrua deliberadamente os jovens quanto aos conhecimentos necessários para se viver e estabelecer-se em seu lugar na sociedade.

Na nossa sociedade esse ambiente é a escola, em outras pode ser um momento no dia, no ano, ou na vida em que os jovens devem se dedicar a aprender coisas com os mais velhos e mais experientes.

 

A Religião é uma das mais fortes instituições dentro das sociedades, sua função é ao mesmo tempo fornecer uma explicação às complexidades do universo e justificar, acontecimentos, normas e conceitos internos à sociedade que carecem de alguma explicação que vá além dos desejos e vontades dos indivíduos.

Segundo as teorias das Ciências Sociais e a História o surgimento do fenômeno religioso está nas criações míticas do homem primitivo que serviam para responder às suas próprias dúvidas e controlar por meio do temor outros indivíduos. Com a interação entre grupos há uma criação comum, convergente, das crenças de um grupo maior. Posteriormente com uma maior centralização do poder dentro dessas sociedades há também uma centralização do culto nas mãos de uma parcela específica da sociedade, um clero e de um menor número de divindades principais, um panteão, ou de uma divindade única, um/a deus/a criador/a e/ou pai/mãe, monoteísta.

Dentro de si essas religiões trariam não só a justificação transcendental (vontade divina) para as normas da sociedade como também uma explicação para a sua própria origem e da sociedade onde ela existe. Um exemplo é a história bíblica da saga dos descendentes de Adão, passando por Noé, Abraão, e seus filhos Isaque e Ismael (Ismail), que seriam os antepassados, patriarcas-ancestrais de dois grandes povos monoteístas, os judeus e os árabes, pela ordem.

Fim da Parte I

 

Questões para Estudo Dirigido da Parte I:

1)     Destaque e descubra o significado das palavras que você não conhece no texto. (em casa ou fora da aula)

2)     Diferencie os conceitos de comunidade e Sociedade.

3)     Liste três exemplos de instituição dados no texto, seguidos de breve descrição ou exemplificação.

4)     Qual o conceito de família presente no texto?

5)     Quais os tipos de família citados no texto?

6)     Qual o principal papel da família segundo o texto?

7)     Qual o motivo de a escola ser um dos fundamentos de reprodução da sociedade segundo o texto?

8)     Qual a função da religião segundo o texto?

9)     Qual a origem da religião segundo o texto?

10)  Qual a origem do monoteísmo segundo o texto?

 

 

Parte II - 4º Bimestre


 

Estado é uma instituição organizada política, social e juridicamente, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território". O Estado é responsável pela organização e pelo controle social pois detém, segundo Max Weber, o monopólio legítimo do uso da força ou seja coerção legal e física.

O reconhecimento da independência de um estado em relação aos outros, permitindo ao primeiro firmar acordos internacionais, é uma condição fundamental para estabelecimento da soberania. O Estado pode também ser definido em termos de condições internas, especificamente no que diz respeito à instituição do monopólio do uso da violência.

O conceito parece ter origem nas antigas cidades-estado que se desenvolveram na antiguidade, em várias regiões do mundo, como a Suméria, a América Central e no Extremo Oriente. Em muitos casos, estas cidades-estados foram a certa altura da história colocadas sob a tutela do governo de um reino ou imperador-império, seja por interesses econômicos mútuos, seja por dominação pela força. O estado como unidade política básica no mundo tem, em parte, vindo a evoluir no sentido de um supranacionalismo, na forma de organizações regionais, como é o caso da União Européia.

Os agrupamentos sucessivos e cada vez maiores de seres humanos procedem de tal forma a chegarem à idéia de Estado, cujas bases foram determinadas na história mundial com a Paz de Westfália, em 1648. A instituição estatal, que possui uma base de prescrições jurídicas e sociais a serem seguidas, evidencia-se como “casa forte” das leis que devem regimentar e regulamentar a vida em sociedade.

Desse modo, o Estado representa a forma máxima de organização humana, somente transcendendo a ele a concepção de Comunidade Internacional.

Controle social

O controle social é o controle exercido pela sociedade sobre o governo. Por meio do controle social, a sociedade é envolvida no exercício da reflexão e discussão para politização de problemáticas que afetam a vida coletiva. Este modelo de gestão cria um profissional de articulação e negociação, que fomenta a cooperação e que atua no planejamento e na coordenação com foco no interesse coletivo. No controle social, o governo atua sob fiscalização da população, da opinião pública e da esfera pública política.

De acordo com o Governo Federal Brasileiro, o Controle Social é a participação da sociedade civil nos processos de planejamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações da gestão pública e na execução das políticas e programas públicos. Trata-se de uma ação conjunta entre Estado e sociedade em que o eixo central é o compartilhamento de responsabilidades com vistas a aumentar o nível da eficácia e efetividade das políticas e programas públicos.

 

Crises dos Valores

Vivemos numa época que aceita como um dado adquirido que os valores estão em crise. Em todas as épocas sempre surgiram vozes manifestando idênticas impressões. A nossa, neste ponto, parece ter assumido que se terá atingido uma crise generalizada. Neste sentido, com certa insistência são feitas duas afirmações similares:

•            Não existem atualmente critérios seguros para distinguir o justo do injusto, o bem do mal, o belo do feio; Tudo é relativo, subjetivo.

•            Não existem valores. Tudo depende das circunstâncias e dos interesses em jogo.

Destas posições facilmente se conclui que os valores que tradicionalmente eram dados como imutáveis, ou foram postos em causa ou abandonados. O que hoje predomina segundo muitos autores são apenas posições relativistas

Para explicar esta crise de valores que atravessa todos os domínios da sociedade são apontadas entre outras, as seguintes razões:

1. A crítica sistemática que muitos filósofos, como Karl Marx, Freud e outros, fizeram aos valores tradicionais.

Karl Marx argumentou que os valores, enquanto produtos ideológicos, não podem ser desinseridos da história e dos contextos sociais. Os valores dominantes numa dada sociedade são sempre aqueles que melhor servem à classe dominante na sua exploração das classes trabalhadoras. Defendeu por isso a necessidade da destruição de todos os tipos de moral dominante, burguesa, substituindo-a por uma moral dos oprimidos, proletários.

Freud mostrará que os valores morais fazem parte de um mecanismo mental repressivo formado pela interiorização de regras impostas pelos pais, e que traduzem normas e valores que fazem parte da consciência coletiva.

 2. A crise nos modelos e nas relações familiares. A família é onde, em princípio, qualquer ser humano adquire os seus primeiros valores. Ora as estruturas familiares estão em crise, o que se reflete, por exemplo, no aumento da dissolução de casamentos, e na precariedade de certos tipos de relacionamentos entre jovens. Por tudo isto, muitos pais manifestam cada vez mais dificuldade em elegerem um conjunto de valores que considerem fundamentais na educação dos seus filhos.

A Família - Crise de valores e violência

Diante de acontecimentos que surgem esporadicamente na imprensa, sobre filhos que mandam matar os pais, pais que matam filhos e toda sorte de crimes entre parentes próximos, algumas pessoas podem estar pensando que esse conjunto de fatos e de fenômenos denuncia uma alteração cultural ou indícios de alguma crise da própria civilização.

O assunto é antigo, por isso, talvez, o problema não deva ser exclusivamente na sociedade ou civilização. Em tese, o enfoque deveria ser dirigido à pessoa, que junto com outras tantas acabam compondo a sociedade, mas a constituição bio-psicológica, não é hoje diferente do que tem sido há, digamos, uns 10 mil anos. Talvez o problema seja da imprensa e da mídia desse mundo moderno, que diminui as distâncias nos oferece notícias em quantidade e velocidade inimagináveis, fazendo-nos saber desses crimes mais do que saberíamos em outras épocas.

O que parece estar acontecendo é que os comportamentos, as normas e o sentido global da vida individual e comunitária, não se inspiram em padrões éticos de valores, preferindo seguir seu curso ao sabor de critérios imediatistas, consumistas, hedonistas e pragmáticos. Num português mais direto, preferindo-se o que se pode ter agora, consumir vertiginosamente, o prazer sem conseqüências e tudo o que for mais fácil.

 

Questões para Estudo Dirigido da Parte II:

 

1)     Qual o conceito de Estado oferecido pelo texto?

2)     Quais são as vantagens que tem o Estado como organização máxima de uma sociedade em relação a grupos menores como as sociedades e comunidades internas a ele?

3)     Qual a origem dos estados segundo o texto?

4)     Tendo o monopólio das leis e da violência o Estado deve prestar contas a alguém ou alguma outra instituição, segundo o texto?

5)     O que seria a Crise de Valores de nossa sociedade segundo o texto?

6)     Quais foram as críticas de Marx e Freud aos valores da sociedade ocidental segundo o texto?

7)     O que evidencia a “dissolução dos valores familiares” para o autor do texto?

8)     Qual o motivo de, para o autor do texto, a violência dentro da família nas proporções que são noticiadas, não serem um fenômeno típico do nosso tempo?

9)      A que o autor atribui os novos comportamentos e normas contemporâneas da sociedade moderna?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Modernidade Texto I: Conceito de Modernidade (Novo Texto)

O que é, e como se origina a Modernidade?

A Modernidade, a princípio, é o período histórico que se estende entre fins do século XV e os dias atuais. Contudo, além de um período histórico, a Modernidade é a denominação de um conjunto de fenômenos sociais e é também o resultado de uma série de eventos marcantes no mundo ocidental ocorridos nos últimos quinhentos anos, aproximadamente. “Mundo Ocidental” seria, neste ponto, a Europa Ocidental: Grã-Bretanha, França, “Alemanha”, “Itália”, Áustria, Suíça, Países Baixos, Portugal e Espanha, os países com nomes entre aspas não formavam uma única nação na época.

O primeiro dos grandes eventos que deixaram sua marca na Modernidade foi a Expansão Marítima Européia, que começou no fim do século XV, acompanhada do Colonialismo que a sucedeu. Em resumo: Um “mundo”, a Europa Ocidental, que existia em quase isolamento político e econômico e com uma relativa homogeneidade religiosa e intelectual passa a ter, através do comércio e de intercâmbios populacionais, contato com diferentes povos e culturas, e com a riqueza e diversidade de produtos de novos territórios, isso teve um impacto social e econômico inédito, não apenas na Europa, mas também nos locais “descobertos”, por exemplo, a descoberta da mandioca, milho e feijão na América pelos europeus e a introdução destes cultivos na África e Ásia e também a introdução do coco, café e banana nos cultivos da América. Não é possível esquecer também da grande quantidade de pessoas que se mudaram ou foram levadas para terras distantes das onde nasceram, escravos africanos e colonos europeus na América, colonos na Ásia e África, junto com estes foi também transplantada parte de sua cultura nativa.
Em uma Europa já influenciada pelos impactos da existência de “novos mundos” começam a surgir movimentos intelectuais e religiosos que entraram em rota de colisão com a hegemonia de pensamento existente. Estes movimentos foram no princípio Humanismo e a Reforma Protestante, ambos no século XVI, juntos eles quebraram o monopólio da “verdade” que estava sob tutela da Igreja Católica e passam a deixar margem ao questionamento das verdades constituídas, abrindo assim caminho para o surgimento do Iluminismo séculos depois.
Além das transformações intelectuais do Ocidente a Modernidade é um período de transformações políticas e econômicas no Ocidente. Após o colapso do sistema feudal começa a ganhar força dentro da sociedade européia uma nova camada, a burguesia, uma classe que por séculos vai acumulando poder econômico, mas que não tem em suas mãos poder político algum. O que gera descontentamento.
Estes descontentamentos são a causa de duas marcantes revoluções na Europa. A primeira, a Revolução Inglesa, também chama de Revolução Gloriosa, que pôs fim ao Absolutismo na Inglaterra e propiciou à burguesia presença e voto no Parlamento em uma Monarquia Constitucional. Seu ponto marcante foi a assinatura de um documento pelo rei em que era garantido o poder da burguesia e as limitações do poder real, que passa a ser apenas simbólico.
A segunda revolução burguesa foi a Revolução Francesa, assim como a Inglesa, a burguesia francesa não tinha poder político, apesar do poder econômico. Esse poder foi alcançado após uma violenta revolução, na qual os revolucionários passaram a lutar entre si após a queda do rei, eles se dividiram em dois partidos, os Jacobinos da pequena e média Burguesia, mais radicais, e os Girondinos, da alta burguesia financeira, mais conservadores. O fim dessa disputa foi a tomada do poder por Napoleão Bonaparte, que se coroou Imperador da França.
Em meados do século XVII passa a acontecer uma terceira revolução na Europa, a Revolução Industrial, a burguesia inglesa que havia adquirido poder político passa a promover no país transformações econômicas, muda-se o modo de produção das Manufaturas para as Indústrias. A oferta de produtos aumenta no mercado, bem como o desemprego causado pela mecanização e a poluição causada pelo carvão das caldeiras de vapor necessárias para o funcionamento do maquinário. É importante destacar também a jornada de trabalho nesse período, que passava de 12 horas, e a ausência de critérios que regulassem o trabalho de mulheres e crianças.
Como consequência dessas duas últimas revoluções surgem na Europa movimentos de trabalhadores buscando uma alternativa a essas transformações prejudiciais a eles. Surge o Movimento Socialista que no século  XIX tem seu maior expoente em Karl Marx e Frederich Engels, inspirados nessas ideias em 1917 revolucionários comunistas tomam o poder na Rússia ao derrubar o Czar. Décadas depois o mundo estaria polarizado em dois blocos, o Capitalista e o Comunista, logo após a Segunda Guerra Mundial. Essa polarização duraria por quase cinquenta anos, é a chamada Guerra Fria.
Durante a Guerra Fria, entre os jovens nascidos durante após a Segunda Guerra, que terminou em 1945, acontece a última grande revolução da Modernidade, a Revolução Sexual, em meio a fenômenos como os Movimentos Hippie e Punk, a Guerra do Vietnã e a descoberta da Pilula Anticoncepcional. A partir desse momento se tornava mais fácil a prática do sexo sem a preocupação com uma gravidez indesejada.

Transformações Sociais da Modernidade

Todas essas estrondosas revoluções foram o caminho para que o Mundo se tornasse essa realidade em que vivemos.
O Século XIX foi marcado pelo otimismo em relação ao futuro, do início ao fim foi um período em que os Estados Nação se estabeleciam, países como Itália e Alemanha se unificaram, havia novas e interessantes tecnologias, o futuro parecia promissor. Em contraste o Século XX foi um século de guerras sangrentas e conflitos prolongados, o otimismo anterior dá lugar a uma visão sombria do futuro. Mas o culto à tecnologia e a busca incessante por aperfeiçoamento delas se torna cada vez mais intenso.
A Modernidade tem como característica a rejeição da tradição e do passado e uma constante busca pela transformação. Isso pode ser observado no campo da tecnologia e da moda. A industria tecnológica e de moda de beneficia de uma “novidade antiga” da Modernidade, a ideia de individualidade, que remonta o surgimento da classe burguesa na Europa, pode parecer estranho mas em um mundo tradicional o indivíduo não tem importância, mas no mundo Capitalista ele é a base da sociedade.
Mas além da tecnologia e da estética o mundo moderno tem suas instituições sociais também em constante transformação. Contudo o antigo não desaparece e dá lugar ao novo, é característico da Modernidade a coexistência entre ambos, uma existência que não deixa de ser conflituosa, mas que existe exatamente por causa do incentivo à diversidade de pensamento.
Por exemplo, o modelo de família, uma instituição tradicional, muda com a modernidade, mas os modelos tradicionais não deixam de existir, hoje são comuns unidades familiares formadas por apenas um dos pais e seus filhos, pais homossexuais e pais separados que formaram uma nova família, mais recentemente se tornou bastante comum a existência de casais sem filhos por opção pessoal.
 

Questões para Estudo Dirigido:
1.    Marque as palavras que você não entendeu e descubra o significado.
2.    O texto diz o que é a Modernidade?
3.    Quais são as consequências da modernidade segundo o texto?

O que é Modernidade? (Texto auxiliar)
Cleide Figueiredo LEITAO
A primeira tentativa de caracterização da modernidade pode descrevê-la como um estilo, um costume de vida ou organização social, surgido na Europa a partir do século XVII e que devido a sua influência veio a se tornar mundial.
Circunscrita no tempo, a modernidade pode ser associada a um período histórico e como tal, difícil de ser analisado, pois é ao mesmo tempo - passado e presente (mesmo considerando a dificuldade de se distanciar do que se pertence para analisar, reflexivamente, os rumos do hoje e do porvir, esse movimento é extremamente importante para que possamos compreender os fenômenos sociais do nosso tempo).
Profundas transformações sociais, econômicas e políticas ocorreram, sobretudo, entre o início do século XIX até os dias atuais. O século XX é um século de guerra, a ameaça de confronto nuclear embora reduzida, ainda permanece; a realidade de vários conflitos étnicos, religiosos e militares formam um "lado sombrio" desse tempo.
A modernidade se apresenta na verdade carregada de ambiguidades, ao mesmo tempo em que oferece segurança, oferece perigo, em que oferece confiança, oferece risco. Somos acometidos por um ritmo vertiginoso de mudanças onde o avanço da intercomunicação nos põe em conexão com diferentes partes do globo sem que, no entanto, o desenvolvimento das forças de produção tenham trazido uma melhora significativa na qualidade de vida dos homens.
Pelo contrário vivemos um grande dilema em relação aos contrastes de nossa época: na produção aflitiva da violência do nosso século; nos surpreendentes avanços tecnológicos em contraste com a miséria e o analfabetismo de grande parte da população; na crise com os paradigmas que durante tanto tempo tomamos como verdade e que atualmente não respondem satisfatoriamente as nossas indagações; no desafio de conviver com o diferente e com a multiplicidade de versões e na ambiguidade constante entre o que consideramos velho e ultrapassado e o novo muitas vezes difícil de ser identificado, ou trazendo dentro dele parte do velho.
Enfim, quando olhamos para esse quadro percebemos que ao lado das mudanças edificantes, no sentido de trazerem avanços consideráveis para boa parte da população, temos um conjunto de situações gravíssimas que exigem uma nova abordagem, um novo enfoque ou as nossas perspectivas futuras não serão nem um pouco acalentadoras.
Modernidade Texto II: Minorias Sociais e Gênero

Minorias
Grupos minoritários - o termo grupos minoritários é amplamente utilizada na sociologia, sendo mais que uma distinção numérica, existem muitas minorias. Ex.:pessoas altas, magras, baixas, porém estas não são minorias segundo o conceito sociológico, minorias são um grupo inferior numericamente e estão em desvantagens sociais se comparados com a grande parte da população majoritária, sendo objeto de preconceito de tal grupo dominante, tal comportamento reforça a ideia de lealdade e de interesses comuns. Por isso quando a expressão “minoria” é usada pelos sociólogos não é em caráter numérico e sim a posição subordinada do grupo dentro da sociedade, pois o termo minoria expressa a situação de desamparo, os membros deste grupo estão normalmente isolados física e socialmente, costumam se concentrar em certos bairros, cidades ou regiões. Esses grupos costumam casar entre si para manter viva sua distinção cultural.
Diferenças físicas, como a cor da pele, são, com frequência, o fator decisivo para designar uma minoria étnica, as diferenças étnicas são comuns em associações de desigualdades em relação à riqueza e ao poder.
Com o crescimento cada vez maior da globalização, as culturas vêm sofrendo alterações comprometendo as identidades culturais. É uma espécie de “rotulação” mundial da cultura ou uma globalização cultural.
Na sociedade consumista os meios de comunicação em massa determinam o que devemos comer vestir, assistir, ouvir, usar, comprar, entre outras imposições.
Diante da “padronização” cultural, existem no mundo vários grupos com práticas culturais, religiosas peculiares, são grupos diferentes denominados de minorias, correspondem a grupos ou nações que lutam por seus ideais, o primeiro luta pelo respeito e cidadania, o segundo aspiram por sua independência territorial, cultural, religiosa e política, para defender os interesses de suas peculiaridades.
Mas as minorias não são compostas apenas de nações reivindicando sua independência territorial, existem as minorias inseridas em praticamente todas as sociedades. A situação de exclusão e/ou discriminação provoca o surgimento de organizações que buscam dignidade e respeito através de ações políticas.
Podemos exemplificar vários grupos de minorias, como os homossexuais, os sem terra, os sem teto, as feministas e os povos indígenas, todos eles tem seus motivos para lutar, todos eles são minorias dentro das sociedades, no fim todos querem o mesmo, ser respeitados.

A questão do gênero
Rachel Soihet, em seu livro "Condição feminina e formas de violência: mulheres pobres e ordem urbana, 1890-1920" cita que, "A honra da mulher está vinculada à defesa da virgindade ou da fidelidade conjugal, sendo um conceito sexualmente localizado, da qual o homem é o legitimador, já que esta é dada pela sua ausência através da virgindade ou pela sua presença legítima com o casamento. Essa idéia é tão poderosa que extrapola a própria mulher, abrangendo toda a família."
Segundo o dicionário Aurélio, Gênero quer dizer, "grupo de seres que se assemelham por seus caracteres essenciais", "reunião de corpos orgânicos que constituem espécie; raça; família; sorte; qualidade; casta; modo; maneira; objeto; coisa", entre outras distinções.
A relação gênero, é dada maneira de olhar a realidade da vida (das mulheres e dos homens) para determinar e compreender, primeiro as relações sociais entre mulheres e homens, em segundo, as relações de poder entre mulheres e homens, mulheres e mulheres, homens e homens, assim é nas relações sociais que se constroem os gêneros.
Essa capacidade de poder constitui na capacidade de uma ação de um sobre o outro, prestando o conjunto de dominação, de A sobre B. Não há o que discutir que há muito tempo, as mulheres das classes trabalhadoras e camponesas exerciam atividades fora do lar, nas fabricas, nas oficinas e nas lavouras. Mesmo que primeiramente essas atividades tenham sido feitas por homens ou mesmo organizadas pelos mesmos.
Na realidade a qualidade de diferença sexual apresenta apenas como anatomofisiológicas que existem e caracterizam homens e mulheres. Gênero tem sido desde a década de 1970, o termo usado para teorizar a questão da diferença sexual. Foi inicialmente utilizado pelas feministas americanas que queriam insistir no caráter fundamentalmente social das distinções baseadas no sexo. A palavra indica uma rejeição ao determinismo biológico implícito no uso de termos como sexo ou diferença sexual.
O gênero se torna inclusive, uma maneira de indicar as construções sociais, a criação inteiramente social das idéias sobre os papéis próprios aos homens e as mulheres.
O gênero sublinha também o aspecto relacional entre as mulheres e os homens, ou seja, que nenhuma compreensão de qualquer um dos dois pode existir através de um estudo que os considere totalmente separado. Vale frisar que esse termo foi proposto por aqueles que defendiam que a pesquisa sobre as mulheres transformaria fundamentalmente os paradigmas da disciplina, acrescentaria não só novos temas, como também iria impor uma reavaliação crítica das premissas e critérios do trabalho científico existente.
Dessa forma, gênero não passa da maneira como homens e mulheres se assumem em dada sociedade, isso permanentemente dentro da própria história. Gênero, assim não passa de uma realização cultural.
Portanto, podemos identificar gênero como um conjunto de características sociais, culturais, políticas, psicológicas, jurídicas e econômicas atribuídas às pessoas de forma diferenciada de acordo com o sexo. Se, as características de gênero são construções socioculturais que variam através da história e se referem aos papéis psicológicos e culturais que a sociedade atribui a cada um do que considera "masculino" ou "feminino".
Sexo não passa de características físicas, biológicas, anatômicas e fisiológicas dos seres humanos que os definem como macho/fêmea. Reconhece-se a partir de dados corporais, genitais, sendo o sexo uma construção natural, com a qual se nasce.
A situação das mulheres variou durante o longo tempo histórico, concomitantemente (no tempo e no espaço). Sendo necessário que se demonstre que as mulheres têm sido agentes ativos na história da humanidade.
É necessário que se entenda que existem diferenças hierárquicas entre relações de homens e mulheres, a existência de concepções variadas a respeito de mulher e homem. Dessa maneira surge a dificuldade de identificar a construção do sujeito Mulher.
Se existem diferenças sexuais quanto a trabalho, dessa forma homens e mulheres atuam simultaneamente na produção como na reprodução de seu espaço. No decorrer da história tem sofrido a mulher atos de barbárie, quanto à desigualdade que vem sofrendo ao longo do tempo histórico. Porém, com o passar do tempo está conseguindo atribuir valores morais e sociais que não as mantém em inércia, quanto aos valores do homem.
A mulher na realidade aceitava o papel de submissa do poder do homem, assim acomodou-se no seu espaço doméstico, quer e deseja ainda ser a rainha do lar. Está mulher aceita como seu representante o homem, assim reconhecendo no homem a faculdade de cuidar dos direitos de ambos.
Foi necessário que as mulheres tirassem o avental e buscassem de forma sistêmica os seus direitos quanto ao que os homens estavam devendo-as. Se todos são iguais e direitos onde apareceria a mulheres nessa lógica. A mulher precisava de uma emancipação quanto ao grau de identificação própria, que auto valorizasse como pessoa sujeita de diretos e composta de comportamentos idênticos aos seus semelhantes.

Questões para Estudo Dirigido:

1. Destaque ou copie as as palavras que você não compreendeu e procure descobrir o significado.
2. O que são Minorias, sociologicamente, e qual a importância de seu estudo?
3. Além das minorias citadas no texto que outras minorias você citaria que existem em nossa sociedade, justifique.
4.  Qual o origem da categoria de análise “Gênero”? O que significava originalmente e o que passou a significar?
5. Qual a utilidade em pesquisa social da categoria Gênero?
6. Que tipo de construção seria a ideia de Gênero para o autor do texto?
7. Qual a diferença entre sexo e gênero?
8. Qual a diferença entre a mulher tradicional e a moderna segundo o texto?

sábado, 3 de abril de 2010

Sociedade e Cultura

*Sociedade é um sistema Social definido por um território geográfico, que não necessariamente é uma fronteira política, dentro do qual uma população compartilha uma Cultura, aí incluída a linguagem, e um estilo de vida comuns. O conceito de Sociedade passa a ser fundamental em Sociologia porque nesse nível são criados e organizados os elementos mais importantes da vida Social, todos os sistemas dos quais participamos, família, religião, profissão, são subsistemas de uma Sociedade, em última instância Sociedade é o maior sistema com o qual um indivíduo se identifica como membro.

*Socialização é o processo através do qual os indivíduos são preparados para participar de Sistemas Sociais. Não somos socializados para compreender sistemas como sistemas, em vez disso os compreendemos como uma realidade que aceitamos como natural.
Apesar de bastante associado ao desenvolvimento infantil, a Socialização dura a vida inteira e ocorre á medida que as pessoas assumem novos papéis e se ajustam ao fato de adquirir e perder alguns direitos e deveres. Ela é necessária para que o sistema continue e funcione de forma eficaz, afinal todos em Sociedade dependem de indivíduos motivados, capazes e preparados para desempenhar os vários papéis que abrange.
A Socialização pode ser entendida também como aculturação, ou seja, aquisição de uma Cultura, ou inserção dentro de uma Cultura.

*Cultura é o conjunto acumulado de símbolos, idéias e produtos materiais associados a um Sistema Social, seja ele uma Sociedade inteira ou uma família.
A Cultura possui aspectos materiais e não materiais.  A Cultura material inclui tudo que é feito, modelado ou transformado como parte da vida Social coletiva, da preparação do alimento à produção de aço e computadores, passando pelo paisagismo que produz os jardins do campo inglês. A Cultura não material inclui símbolos – de palavras à notação musical –, bem como as idéias que modelam e informam a vida do seres humanos. As mais importantes dessas idéias são as atitudes, crenças, valores e normas.
Além de a Cultura dar forma e identidade a uma Sociedade é também a causa de sua sobrevivência, ela serve como “reservatório” do conhecimento e hábitos acumulados, que são ferramentas para a transformação e enfrentamento ou convivência com o ambiente, sem esses conhecimentos transmitidos Culturalmente o homem que vive em contato direto com a natureza, assim como o que vive cercado por ferramentas tecnológicas que mal identifica, estão igualmente vulneráveis.
Mas o que torna uma idéia Cultural, e não pessoal? Ela deve ser vista e vivenciada como tendo uma autoridade que transcende os pensamentos do indivíduo.
Cada Cultura define a realidade para aqueles que dela fazem parte, aquilo que é considerado verdadeiro, valorizado ou esperado em nossa Sociedade pode não ser em outra, estarmos mais conscientes dessa diferença Cultural facilita a tendência de que sejamos menos cegos e arrogantes em relação a outras Sociedades e menos rígidos e dogmáticos na avaliação da idéia de mudar a nossa.

Questões para estudo:
1)      O que é e qual a importância do conceito de:
a)      Sociedade
b)      Socialização
2)      Qual a ligação entre a Socialização e a Cultura?
3)      O que é Cultura e quais são os seus aspectos?
4)      Qual a importância da cultura para a sociedade?
5)      Qual a importância de nos conscientizarmos das diferenças entre as Culturas?

sexta-feira, 19 de março de 2010

Trabalho para a 3ª semana de Abril

Trabalho em grupos de 4 pessoas, excepcionalmente 5. Escolher e comentar um texto jornalístico que apresente o ser humano de forma científica, do ponto de vista da sociologia. Os temas podem ser:

*Sociedade
*Cultura
*Diversidade

A GRANDE DICA É ESCOLHER PARA COMENTAR UMA REPORTAGEM QUE FALE DE UMA PESQUISA OU OBSERVAÇÃO SOCIAL, conforme o último texto trabalhado, de Metodologia em Sociologia.

Os comentários serão baseados nos conhecimentos adquiridos em aulas e nos textos entregues pelo professor.

Apresentações:
*Oral: 4 pontos
*Escrita: 4 pontos

Formatação:
Arial: 12
Espaçamento (selecione tudo, clique com o botão direito, vá a “parágrafo” e em entre linhas) 1,5
Texto jornalístico comentado deve vir em anexo.
Mínimo de 2 páginas de comentários.

As datas das apresentações e entregas dos trabalhos são?

12/04 para as turmas 107, 105, 103, 109 e 102
13/04 para as turmas 114, 112 e 104
14/04 para as turmas 111, 117, 101, 115 e 113
16/04 para as turmas 106, 130, 108, 121 e 110

sexta-feira, 5 de março de 2010

Humanidade, cultura e sociedade

O ser humano é antes de tudo um animal gregário, tem sua sobrevivência seriamente ameaçada ao se encontrar isolado de seus semelhantes. Caso isso ocorra, a única chance para sua sobrevivência se encontra na aplicação dos conhecimentos adquiridos em sociedade junto com a adaptabilidade ao meio, característica do ser humano. Toda capacidade humana de enfrentar os desafios impostos pela natureza é adquirida socialmente, um ser humano não socializado teria chances nulas de sobrevivência caso tivesse de enfrentar a natureza.
O primeiro espaço de socialização do ser humano é a família, é dentro dela que o ser humano aprende as primeiras regras, começa a conhecer seu território e é protegido dos perigos externos, reais ou imaginários.
Quando vai se tornando menos necessária a proteção do indivíduo jovem, vai se tornando oportuno o aprendizado das técnicas essenciais para a manutenção do modo de vida da sociedade, este aprendizado nunca termina, está em constante transformação, transforma-se com as mudanças do habitat e com as mudanças culturais da sociedade.
De onde vêem estas regras e técnicas? Surgem espontaneamente?
Já foi dito que o ser humano é altamente adaptável. Através da observação dos fenômenos, e de tentativas e erros na interferência nesses fenômenos, caso fosse possível. O ser humano adquiriu conhecimentos úteis, ou impressões aplicáveis, contudo, sem a capacidade de transmitir os conhecimentos estes se perderiam.
Parece evidente, mas, sem a capacidade de comunicação não haveria mais humanidade, sem comunicar-se o conhecimento adquirido por um indivíduo desapareceria com sua morte. Com ela, sua família e seu grupo adquirem vantagens evolutivas sobre seus concorrentes, passa a ter maiores chances de sobreviver ao precisar se defender de agressões, conseguirem alimento e se proteger de mudanças do tempo (tempestades, neve) e do ambiente (secas, enchentes, terremotos, degelos). Por este motivo, se em algum momento houve grupos humanos incapazes ou deficientes em se comunicar, estes foram extintos por causa da sua ineficiência no enfrentar a natureza e seus concorrentes, capazes estes de se comunicar.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Formspring e Grupo

Acessos ao Formspring e Cadastro no grupo acabam de ser habilitados no Blog!